Rainhas de batalhas - Ginga Mbandi e Eva RapDiva
Rainha Ginga a soberana
Rainha Ginga (1583 - 1663) foi uma rainha dos reinos do Ndongo e da Matamba, é tida como a protagonista na luta contra o poder colonial português, e
uma heroína de todo o continente. Viveu durante um período em que o tráfico de escravos e a consolidação do poder
dos portugueses cresciam rapidamente. Era filha de Nzinga a
Mbande Ngola Kiluanje e de Guenguela
Cakombe.
Nzinga ganhou notoriedade durante
a guerra por liderar pessoalmente as suas tropas e por ter proibido as suas
tropas de a tratarem como "Rainha", preferindo que se dirigissem a
ela como "Rei".
Eva RapDiva – A rainha Ginga
do Rap
Eva Marise Cruzeiro
Alexandre é o nome de registo da Eva Rapdiva, nascida a 07 de Outubro de
1988, começou a ouvir Rap com apenas 8 anos e aos 12 soltou as suas primeiras
rimas de improviso numa roda de freestyle. Desde então nunca
mais parou.
No inicio da sua carreira como Mc, negava-se a
gravar com o argumento de que Deus a deu o dom de fazer musicas no
momento, sobre o tema que quiserem com palavras vindas da alma, “não preciso
gravar, eu rimo no momento!”, dessa forma, no improviso com rimas combativas,
ganhou o seu espaço no Rap em Portugal, provando a todos que a sua
espontaneidade é o seu maior poder e aquilo que a define como
artista.
Quem conhece a historia de Angola, certamente estudou a
historia da Rainha Ginga Mbande, e quem conhece a Eva RapDiva sabe que ela
participou de muitas batalhas de freestyle e saiu-se vitoriosa conquistando
Portugal e um prestigiado reconhecimento na lusofonia.
Há quem não admite comparar-se as duas personalidades, mas não
é segredo para ninguém que hip hop é actitude, nisso fomos buscar o que há em
comum entre as duas rainhas, ambas triunfaram em batalhas; Para perceber-se
melhor todo rapper de forma fictícia diz: “vou te matar com rimas, esse nigga
já está morto, aniquilo rappers”, verbalmente os rappers vencem-se uns aos
outros e a este processo chama-se batalhas, veterana que é a Eva RapDiva nestas
práticas, não soa estranho a referência de “Rainha Ginga do Rap” nesta
perspectiva.
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